A atividade aeróbica gerada pela corrida produz adaptações importantes ao esforço prolongado, promovendo um aumento da resistência musculoesquelética, cardiovascular e respiratória, além da regularização do metabolismo corporal, contribuindo para queima de gorduras tanto do tecido adiposo quanto circulatório e, consequentemente, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares. A corrida também pode diminuir o risco de se desenvolver diabetes, já que aumenta a sensibilidade à insulina.
Assim como todo exercício de impacto, vários cuidados devem nortear a prática da corrida, principalmente aqueles relacionados às articulações (tornozelos, joelhos e coluna), pois estas podem tornar-se vulneráveis à lesões. Exercícios localizados associados à musculação contribuem significativamente para o melhor desempenho do atleta, profissional ou amador durante a corrida.
Para os praticantes da corrida, todos os grupos musculares dos membros inferiores são importantes e, portanto, devem estar fortalecidos e alongados para melhorar o desempenho e evitar lesões.
No entanto, alguns grupos musculares, como os músculos posteriores da coxa e da perna, têm especial importância. Por exemplo, corredores com encurtamento dos músculos posteriores da coxa podem ter um risco maior de desenvolver tendinite patelar.
Por tratar-se de excelente atividade física, os amantes da corrida não aceitam deixar de treinar um só dia, independente das condições climáticas. Assim, vem crescendo os adeptos da corrida na esteira dentro das academias. Alguns atletas gostam tanto da ideia que fazem até longos treinos na esteira, visando competições esportivas.
O treinamento nas esteiras promove melhores resultados para as provas de longa distância, ou seja, de meio fundo (800 a 1500 m), fundo (5000 a 10 000 m) e grande fundo (meia maratona e maratona). Provas com distâncias menores exigem maior coordenação motora, força e destreza do atleta, sendo para essas inviáveis o treinamento nas esteiras.
Quando o objetivo é melhorar a qualidade de vida ou favorecer a perda de peso, tanto a corrida na esteira quanto a corrida a céu aberto produzem o mesmo resultado, já que o mais importante é o trabalho aeróbico proporcionado. No entanto, quando o objetivo é melhorar a performance ou preparar-se para uma prova com condições climáticas adversas ou em pisos irregulares com subidas e descidas, o treinamento nas esteiras não é real, mesmo com toda tecnologia atual.
Atualmente, as esteiras contêm sistemas autoprogramáveis que individualizam o treinamento, ou seja, englobam todos os tipos de corredores de acordo com o nível de exigência.
Conheça algumas vantagens e desvantagens da corrida na esteira:
Vantagens:
- Menor incidência de lesões nas esteiras com o sistema de amortecimento de impacto.
- Menor risco de lesões comparado aos terrenos, às vezes, irregulares.
- Maior controle das variáveis do treinamento como, por exemplo, tempo, velocidade, inclinação, calorias, distância.
- Possibilidade de treinamento para corredores iniciantes e para aqueles que se recuperam de lesões.
- Menor oscilação do corpo.
- Segurança para realização dos treinos.
Desvantagens:
- Treinos repetitivos e monótonos.
- Ambiente fechado pode trazer um rendimento físico abaixo do esperado devido ao aumento da temperatura local e da frequência cardíaca.
- Maior custo.
Vale lembrar ainda, como orientação, que intercalar a corrida na esteira com corrida ao ar livre promove uma melhor adaptação mio-osteoarticular e, acompanhado de um bem orientado trabalho muscular localizado e treinos proprioceptivos, promovem um melhor rendimento e desempenho.
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